Após o encerramento de minha sessão de treinamento, comecei a refletir um pouco sobre a produtividade do mesmo. Não estava contente com o resultado do coletivo.
Verifiquei que o que desenvolvia não resultava, naquele momento, no esperado, e de certa forma comecei a criticar minha metodologia de ensino. Pensei por instantes em minha capacidade como treinadora. Será que sei ser treinadora? Tenho algo para passar a essas meninas? Ou, o pior de todos os pensamentos, não tenho competência pra ensinar futsal?
Relembrando de uma semana em que estive ausente retomei atitudes de “minhas meninas” – minhas atletas que assim chamo de maneira carinhosa. No primeiro treino após meu retorno, vi em seus olhos um sentimento que estamos acostumados a chamar de saudade. Senti em seus abraços o respeito e em cada aperto de mão me diziam o quanto sou importante para elas. Recebi e-mails, mensagens e em chat declarações saudosistas.
Remeti-me então a um paralelo, onde acabei concluindo que além de treinadores, principalmente na iniciação, somos heróis. Eles, de certa forma, nos admiram e nos respeitam como se fizéssemos parte de suas próprias famílias. Somos agentes de mudança, contribuímos para a formação de pessoas com valores e princípios que, dependendo de nosso comportamento, podem ser invejáveis ou não. Nós somos responsáveis não só pelo desenvolvimento técnico, tático ou físico. Desenvolvemos o cognitivo, o ser social, a expressividade em cada atitude.
Os treinadores, de qualquer modalidade, têm o que chamo de poder. Não o autoritário, que impõe o medo. Mas o de servir, o que cativa nossas crianças, jovens, atletas. Eles são os principais responsáveis pela nossa satisfação e alegria no trabalho.
É impossível não me alegrar com o sorriso de “minhas meninas”. É impossível não encher meu coração de felicidade estando ali, na quadra, aprendendo bem mais do que ensino, ainda que este trabalho seja árduo, pois como todo treinador, também passo por dificuldades em alguns momentos.
Cada vez que saio de casa sabendo que é dia de ministrar treino, dia de encontrar minha equipe, um senso de responsabilidade maior me toma, na certeza de que não posso decepcioná-las. Saio com mais sede de ensinar o que aprendi justamente por elas.
Elas movem minhas atitudes, e a partir disso, o feedback é espantoso dentro e fora de quadra. Quando analiso o que move meu grupo verifico que podemos, nós e qualquer outra equipe, chegar longe. Falo obviamente não do aspecto de resultados, mas de algo maior, o que considero o pilar para o desenvolvimento de jovens de valor: o respeito. Ele conduz você e sua equipe ao sucesso, a uma competição onde não existem vencedores e nem derrotados. Todos ganham algum prêmio, que pode até não ser um troféu ou uma medalha, mas um amigo, um abraço, um aperto de mão, um olhar... Prêmios que, de tão intensos e valorosos superam qualquer premiação material. Afinal, pessoas são como presentes, e o que vem delas também passa a ser.
Sejamos treinadores não de pensamento retrógrado ou tecnicista. Sejamos amigos, psicólogos, nutricionistas, pai, mãe e, por vezes até um pouco crianças, para que nossos pequenos confiem não só em nosso trabalho, mas em nosso valor pessoal. Ouça-os, entenda suas sugestões e também suas críticas, por mais difícil que seja. Você não é o dono da verdade, é apenas um agente de formação. Cabe a você saber se utilizar disso.
Lembre-se que cada abraço que você receber é mais um atleta que tens ao teu lado, e que este chora, grita, se alegra e sente como qualquer outro ser humano. E para desenvolvê-lo, antes de qualquer coisa, é preciso trazê-lo até você.
Pense nisso!
Verifiquei que o que desenvolvia não resultava, naquele momento, no esperado, e de certa forma comecei a criticar minha metodologia de ensino. Pensei por instantes em minha capacidade como treinadora. Será que sei ser treinadora? Tenho algo para passar a essas meninas? Ou, o pior de todos os pensamentos, não tenho competência pra ensinar futsal?
Relembrando de uma semana em que estive ausente retomei atitudes de “minhas meninas” – minhas atletas que assim chamo de maneira carinhosa. No primeiro treino após meu retorno, vi em seus olhos um sentimento que estamos acostumados a chamar de saudade. Senti em seus abraços o respeito e em cada aperto de mão me diziam o quanto sou importante para elas. Recebi e-mails, mensagens e em chat declarações saudosistas.
Remeti-me então a um paralelo, onde acabei concluindo que além de treinadores, principalmente na iniciação, somos heróis. Eles, de certa forma, nos admiram e nos respeitam como se fizéssemos parte de suas próprias famílias. Somos agentes de mudança, contribuímos para a formação de pessoas com valores e princípios que, dependendo de nosso comportamento, podem ser invejáveis ou não. Nós somos responsáveis não só pelo desenvolvimento técnico, tático ou físico. Desenvolvemos o cognitivo, o ser social, a expressividade em cada atitude.
Os treinadores, de qualquer modalidade, têm o que chamo de poder. Não o autoritário, que impõe o medo. Mas o de servir, o que cativa nossas crianças, jovens, atletas. Eles são os principais responsáveis pela nossa satisfação e alegria no trabalho.
É impossível não me alegrar com o sorriso de “minhas meninas”. É impossível não encher meu coração de felicidade estando ali, na quadra, aprendendo bem mais do que ensino, ainda que este trabalho seja árduo, pois como todo treinador, também passo por dificuldades em alguns momentos.
Cada vez que saio de casa sabendo que é dia de ministrar treino, dia de encontrar minha equipe, um senso de responsabilidade maior me toma, na certeza de que não posso decepcioná-las. Saio com mais sede de ensinar o que aprendi justamente por elas.
Elas movem minhas atitudes, e a partir disso, o feedback é espantoso dentro e fora de quadra. Quando analiso o que move meu grupo verifico que podemos, nós e qualquer outra equipe, chegar longe. Falo obviamente não do aspecto de resultados, mas de algo maior, o que considero o pilar para o desenvolvimento de jovens de valor: o respeito. Ele conduz você e sua equipe ao sucesso, a uma competição onde não existem vencedores e nem derrotados. Todos ganham algum prêmio, que pode até não ser um troféu ou uma medalha, mas um amigo, um abraço, um aperto de mão, um olhar... Prêmios que, de tão intensos e valorosos superam qualquer premiação material. Afinal, pessoas são como presentes, e o que vem delas também passa a ser.
Sejamos treinadores não de pensamento retrógrado ou tecnicista. Sejamos amigos, psicólogos, nutricionistas, pai, mãe e, por vezes até um pouco crianças, para que nossos pequenos confiem não só em nosso trabalho, mas em nosso valor pessoal. Ouça-os, entenda suas sugestões e também suas críticas, por mais difícil que seja. Você não é o dono da verdade, é apenas um agente de formação. Cabe a você saber se utilizar disso.
Lembre-se que cada abraço que você receber é mais um atleta que tens ao teu lado, e que este chora, grita, se alegra e sente como qualquer outro ser humano. E para desenvolvê-lo, antes de qualquer coisa, é preciso trazê-lo até você.
Pense nisso!